quinta-feira, 6 de março de 2014

Com as unhas sujas de terra: retratos de um encontro nada qualquer

Gostaria de começar essa breve crônica solicitando ao leitor que pare um instante e olhe para suas mãos. Há terra sob suas unhas? Nas minhas sim. Houve terra também sob as unhas de muitos dos meus amigos. Suja as unhas com terra aquela pessoa que se educa na etiqueta da sutileza e do cuidado, do ouvir silencioso e do caminhar pela cidade ou pela mata. Ganha terra sob as unhas aqueles que arriscam-se a viver aquém dos centros e aquém das margens: a serem livres.

A maior parte das pessoas que conheci e (re)encontrei durante o Encontro Parahybano de Neopaganismo de 2014 tinham terras sob as unhas. Detalhe capcioso e que indica algumas coisas sobre a forma como conseguimos misteriosa e magicamente congregar cerca de 30 pessoas numa casa de porte médio. Morando na cidade ou no campo, trabalhando com mídias sociais, tecnologia, com plantio ou mesmo não trabalhando todas essas pessoas trazem impressas nos seus corpos a marca da simplicidade e do companheirismo. Sem dúvida ser anfitrião de pessoas tão ilustres não pode ser entendido como nada menos que um prazer. Ter terra sob as unhas não significa de modo algum estar sujo, entendamos bem. trata-se de uma dedicação singela, uma árdua tarefa em um meio no qual estamos cada vez mais rodeados de superficialidade. Nesse ínterim é bom saber que ainda há gente que se preocupa em cavar buracos, plantar árvores, florear jardins, caminhar descalço, conversar em plena madrugada: tudo pelo simples prazer da companhia, da vivência em família, pelo desejo de estar entre amigos. 

É nesse tipo de momento que as distâncias tomam medidas diferentes: infinitas e reduzidas ao mesmo tempo. Viemos de muitos lugares e em breve retornamos para esses lugares ou outras paragens - mas o que importa é encontrar-se e ser encontrado, estar entre semelhantes e diferentes. Estar ali, viver isso e partilhar da inestimável alegria de não ser um só. É isso que tenho aprendido; sejam neófitos ou sacerdotes e sacerdotisas de larga experiência,  o período de armistício que o Encontro Parahybano de Neopaganismo tem conseguido evocar nos últimos anos em que tenho participado dele são de extrema importância para mim, pois dão fôlego novo para quem há muito cambaleia entre a solidão e a exigência. 

Saindo da reflexão pessoa e partindo para o relato, é possível a um rápido olhar, perceber a existência de temas ou núcleos comuns nesse sétimo encontro: o mundo feérico, a preocupação com a relação entre religiões, família e sociedades, o exercício devocional cotidiano, a arte. As atividades do primeiro dia buscaram introduzir os elementos que norteariam os debates nos dias seguintes: o mundo das fadas a partir de várias culturas, a experiência pagã e politeístas espalhada entre os diversos representantes de estados nordestinos, a vida cotidiana e os enfrentamentos, a beleza e a arte. Esses debates foram sendo aprofundados em um encontro que buscou - em comemoração aos seus sete anos de existência - promover debates que buscassem aliar, além da experiência vivenciada, uma discussão sobre o atual contexto das religiões e práticas não-cristãs: fadas, literatura, métodos divinatórios, famílias, organização social e tribalismo, entre outros. Talvez não seja necessário mencionar ou repetir aqui a grandeza de tantos debates e reflexões. Ao leitor, uma singela amostra de tantos momentos e diálogos:


Ainda que repleto de falhas, lacunas e dificuldades, acredito que o Encontro Parahybano de Neopaganismo não é mais um encontro qualquer. Tem seu lugar dentro de uma história tantas vezes negligenciada dentro das reflexões sobre os movimentos religiosos brasileiros. Trata-se de sete anos de história até hoje, sete anos mobilizando pessoas, provando discussões, mostrando e se deixando mostrar. Quiçá seja hora de honrarmos a terra sob nossas unhas e perceber que o que há de mais valioso em nós é a beleza que se faz silenciosa e viva, como uma floresta que permanece unida, raiz a raiz, galho a galho. Olhar de cima oferece uma simples ilusão de unidade e uniformidade; olhar de baixo uma falsa impressão de distanciamento e separação: uma floresta se faz entender pela profundidade das raízes de suas árvores que mesmo individualmente, conectam-se umas as outras na profundeza do seio terrestre.

A todas que participaram desse momento, meu sincero agradecimento. Que possamos nos reencontrar em breve, pois a chama permanece acesa. Até breve.

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Informações sobre o alojamento 2014



Ainda que seja um processo árduo e repleto de dificuldades, participar da organização de encontro deste tipo te oferece a possibilidade de participar de momentos de grande aprendizagem, sem dúvidas inesquecíveis. Um desses momentos pode ser sintetizado na simples possibilidade de estar perto de pessoas com perspectivas sobre a vida bastante semelhantes à sua, pessoas que as vezes compartilham mais que um interesse ou culto a um certo panteão, compartilham um modo sui generis de perceber e se relacionar com o mundo - e daí para uma grande amizade, para o desenvolvimento de laços de aprendizagem e fraternidade de rara beleza e extrema solidez é apenas um passo. De forma geral é esse tipo de compromisso em construir laços e pontes entre as pessoas no exercício de suas práticas religiosas que nos move enquanto organziadores do Encontro Parahybano de Neopaganismo. Esse ano, assim como no ano passado, com o objetivo de tornar possível a vinda de pessoas de outros estados e cidades que não têm condições de se alojarem em hotéis ou pousadas da cidade buscamos oferecer a todos os participantes um espaço gratuito que pudesse ser utilizado como alojamento e centro de convivência nos dias de realização do ENCPBNP.

Este ano por questões burocráticas não pudemos manter o alojamento no mesmo local das atividadesdo encontro e, dentre as poucas opções que tivemos, buscamos aquela que fosse mais cômoda  e confortável para todos os convidados, mesmo que isso implicasse alguns sacrifícios. Esse ano o alojamento do Encontro será sediado no bairro do Cruzeiro, a mais ou menos 15 minutos do local do encontro seguindo de ônibus. Sugerimos assim que todos os alojados cheguem na manhã do sábado e que sigam direto para o local do encontro, na Faculdade de Administração (envio mapa de como chegar lá anexo) para que possamos seguir todxs juntos para o local do alojamento juntxs. 

No local do encontro além de serem instruídos sobre a organização geral do encontro, também receberão informações sobre condução pela cidade, opções de lazer e alimentação. 

Lembramos a todos alojados que não esqueçam-se de trazer:
* colchões/colchonetes/barracas ou qualquer outra coisa para dormir
* cobertores (campina Grande costuma ser uma cidade bastante fria no período da noite)
* roupas confortáveis (durante o dia costuma chegar a 29ºC ou pouco mais de 32ºC e  a noite costuma ser fria - 23ºC - já que estamos numa região de serra)
* material de higiene pessoal (escova de dente, sabonete, toalha, creme dental, desodorante, escova, pente, barbeador, enfim)

- Ao chegarem na rodoviária vocês podem pegar os seguintes ônibus: 092 e 555. Devem pedir parada na Praça da Bandeira e em seguida observar a localização do Colégio das Damas. A faculdade de administração fica na av, Getúlio Vargas, entre o Colégio das Damas e o prédio dos Correios. Além disso é um espaço conhecido, qualquer dúvida, perguntem ou me liguem/mandem sms.

Aos alojados peço que entrem em contato comigo pelo facebook para que possam ter meu contato, caso precisem me ligar ou enviar sms. 

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

A dança na magia: ritual, celebração e expressão

por Roberto Bríd Ártemis
[as ideias e opiniões expresssas no texto são de responsabilidade do autor]

Introdução
A Dança nasce da simples ato de se movimentar, tudo está em algum ritmo, e a dança nos ensina que cada ser possui seu ritmo individual, sincronizar vários seres em um mesmo ritmo é outra atividade que nos ensina a trabalhar em grupo e exercitarmos nossos laços uns com os outros. O ser humano procurava modos de se relacionar com a natureza e essa relação era ainda mais estreita com os animais, Animismo como uma das primeiras formas de espiritualidade da humanidade deixou marcado em nossa história a importância dessa relação com os animais, o ser humano começa a estudar os movimentos dos animais e como forma de se aproximar deles começa a reproduzir os movimentos que consegue adequar as suas possibilidades corporais, é possível que acreditassem que isso poderia atrair para eles as qualidades daquele animal e uma boa relação com os “espíritos animais”, crença que tem relação com a dança dentro de outra espiritualidade também antiga: o xamanismo. Segundo dados antropológicos o animismo antecedeu o xamanismo e a crença nas potencialidades dos animais e que construir uma boa relação com eles era algo de fato bom (uma vez que o ser humano temia várias outras espécies por possuírem mais força física) sofreu uma mutação transformando-se numa crença em “espíritos animais”, os praticantes de xamanismo  não praticavam uma dança tão primitiva quanto os animistas, pois a musica havia sido descoberta e percebida de varias maneiras, os xamãs se dedicaram ao exercício de sincronia entre o movimento e a música, acreditavam que essa era uma das melhores formas de se comunicar com os espíritos e com a natureza. A dança não é apenas movimentos rítmicos ao som de uma música, ela teve sua origem apenas como movimento e um movimento não só humano, toda natureza dança isso pode ser percebido não só na fluidez de alguns elementos, mas na rotação dos planetas, no movimento espiralado da sincronia entre as orbitas planetárias, desde coisas grandiosas às batidas de nossos corações e movimento das nossas hemácias e células. A dança simplesmente existe, o movimento simplesmente flui e ganha um ritmo.

A Dança como Expressão
A expressão é o que torna a dança uma forma de comunicação e por isso atualmente os cursos de graduação em dança é rotulada não somente como forma de arte, mas também como uma técnica de comunicação. A melhor palavra para definir essa técnica comunicativa é expressão. Interessante as universidades incluírem a dança nos ramos da comunicação uma vez que os seres humanos primitivos acreditavam que podiam se comunicar com espíritos por meio da dança, contudo, a dança com certeza pode ser um instrumento de transmissão de uma mensagem, conto, relato, história e até de um sentimento, uma poesia sem palavras, ou até mesmo ser uma arte abstrata que cada pessoa pode entender ao seu modo. O ser humano primitivo imitava os movimentos dos animais, esse é um claro caso de expressão, basicamente estou sendo aquele animal que imito, estou passando para os que me assistem a imagem daquele animal, estou expressando uma figura.

A Dança como Ritual

A dança primitiva se baseia no instinto. No período Paleolítico a dança costumava ser utilizada para entrar em estado de transe, e os movimentos ritualísticos eram executados com a inclusão de animais, roupas especiais e mascaras (que posteriormente foram substituídas pela maquiagem nos costumes de alguns povos). No período Neolítico da pré-história o ser humano passa de predador a produtor, esse fator influenciou em diversas áreas e inclusive na dança que passou de movimentos ritualísticos para movimentos cerimoniais (isso não extingue o caráter ritual dessa dança), características que ficam bastante evidentes ao nos reportarmos a Grécia Arcaica, cuja sua dança, segundo as narrativas lendárias, nasceu em Creta.

Danças Sagradas
Sob o conceito helênico de que a dança foi inventada pelos Deuses, e não somente isso, como também a crença no fato de que os Deuses dançaram, e que isso faz de nós seres que podem dançar com e para os Deuses. Alguns exemplos dessas danças sagradas são: a dança dos saltirines (sacerdotes romanos de Marte) que saltavam para que as plantas crescessem em março; a dança grega Pírrica executada nos festivais a Atena, onde os dançarinos armados representavam suas tribos; esses relatos vão de encontro com o que disse o poeta grego. Consoante Homero:

“A dança foi ensinada aos mortais pelos deuses para que aqueles os honrassem e os alegrassem; foi em honra ao Deus Dionísio que apareceram os primeiros grupos de dança e foram compostos os primeiros Ditirambos”.

Não havia celebração religiosa (ritualística e/ou cerimonial) sem dança, pois esta era o melhor meio de honrar, alegrar e agradar uma divindade. Também se invocavam os deuses por meio da dança em diversas situações como nascimentos, casamentos, mortes, guerras, colheitas, entre outras.

Etruscos

As referências que temos sobre as danças etruscas são embasadas em representações, pois não foram encontrados textos escritos sobre a mesma até hoje. Percebemos que a dança desse povo recebeu uma forte influência dos gregos desde o século VII A.E.C, pelas representações nas quais aparecem indícios de danças guerreiras, dionisíacas, de banquete, entre outras. Os movimentos eram realizados em tempo acelerado, ritmada e acompanhada por aulos e liras.

A Dança dos Orixás

O círculo simboliza os Orixás que estão relacionados aos astros. Os passos e gestos representam a característica do Orixá. Exemplos: A dança de Nanã representa o embalo de uma criança; Oxalá os movimentos do pombo; Oxóssi figura da caça; Inhasã representa em sua dança os movimentos de despachar Egum, dominá-los, espalhar o vento; entre outros. É uma dança representativa de expressão sagrada introduzida na ritualística.

Egito

A dança foi desde muito cedo a maneira de celebrar os deuses do Antigo Egito, ela também divertia o povo e através desse ritual se desenvolveram os elementos básicos para a arte teatral atual. Vinte séculos A.E.C se realizavam no Egito as chamadas danças astroteologias em homenagem ao deus Osíris. 500 anos A.E.C as danças homenageavam também a deusa Hathor, da dança e música, e o deus Bés, que é considerado o inventor da dança (ambos deuses da fertilidade). Para o deus Amon acontecia a procissão da “Barca Sagrada” na qual bailarinos faziam acrobacias. Nos funerais havia os mouou que vinham ao encontro do enterro dançando em duplas, acreditava-se que os movimentos da dança assegurariam a ascensão a uma nova vida para o espírito que partira.

Índia

As danças tem origem na invocação a Shiva (deus da dança). Por meio da dança busca-se a harmonia com a natureza, pois o ritmo da dança está associado à criação contínua do mundo, à manutenção desse mundo, à destruição de algumas formas para o nascimento de outras. O princípio seguido é de que “o corpo inteiro deve dançar”, cada movimento de olhos, pescoço, boca, mãos, ombros e pés apresentam serem muito elaborados. Cada gesto tem um significado místico, afetivo e espiritual. Os gestos das mãos são chamados de mudras e suas danças são chamadas de ragas, cada raga possui suas próprias cores que se referem às lendas, estações do ano e horas do dia.

Índios Brasileiros

Geralmente realizadas individualmente ou em grupo, mas a maioria das tribos não as executam em duplas. As mulheres não participam das danças sagradas executadas pelos Pajés ou grupos de homens. Em algumas danças é adotado o uso de mascaras (ou dominós) que cobrem o corpo todo e servem de disfarce. As danças são sagradas e de grande importância nos rituais, as mais conhecidas são o Toré e o Kuarup. O Toré costuma ser utilizado pela maioria das tribos e apresentas variações de ritmos e toadas, e é executado com uso de chocalhos e organizado em círculo, o Toré é considerado o símbolo maior de resistência e união entre os índios do Nordeste Brasileiro.

Idade Média

A Igreja Católica proibiu as manifestações corporais e associou a dança ao pecado, usou de seu poder para fechar os teatros monopolizando-os apenas para manifestações e festas religiosas, mas a Igreja não conseguiu interferir na dança popular dos camponeses que dançavam nas épocas de semeadura e colheita e no inicio da primavera, para não afrontar a Igreja essa dança era camuflada com a introdução realizada por personagens como anjos e santos, posteriormente esse costume foi incorporado às festas cristãs levando a dança para dentro das Igrejas. Nos séculos XI e XII doenças epidêmicas como a peste negra assolavam na Europa, as pessoas dançavam freneticamente para espantar a morte em meio ao desespero, tal dança recebeu o nome de dança da morte ou dança macabra.


A Dança como Celebração
O ato de celebrar com a dança abraça uma diversidade infinita de possibilidades, nesse caso celebrar seria similar a comemorar, festejar e consequentemente alegrar-se na maioria dos casos, algumas vezes o alegrar-se pode ser substituído por esperançar-se. Podemos usar a dança para celebrar de forma sagrada, dentro de um ritual, cerimônia, festival ou celebração religiosa. Podemos celebrar por meio da dança também os ritos de passagem da vida como aniversários, casamentos, formaturas, promoção profissional, entre outros. E podemos simplesmente dançar para celebrar a vida de diversas formas, seja para comemorar o fato da primavera ter chegado ou o fato de ter sido aprovado em um concurso. Celebrar muitas vezes pode ser um ato de agradecimento inconsciente, você está tão feliz com algo que aconteceu que quer celebrar, ou seja, festejar e comemorar o ocorrido. A dança como celebração também se encaixa em eventos funerários, quando os movimentos nos remetem a esperança e não a tristeza. De forma consciente a dança como celebração pode ser um agradecimento mais intenso comparado a um simples obrigado, ou até a uma poesia inteira que viesse a expressar gratidão.

A Dança e sua relação com a Magia e Espiritualidade

“O seu êxtase irrompeu na única canção de tudo que é, foi ou será, e com a canção surgiu o movimento, ondas que jorravam para fora e se transformaram em todas as esferas e círculos dos mundos.” Starhawk (A Criação - em:  A Dança Cósmica das Feiticeiras)

A relação da dança com a magia é expressiva, sendo assim por meio dela podemos além de honrar os deuses também usá-la em nossos feitiços, geramos uma grande quantidade de energia através da dança, energia essa que pode ser direcionada para o objetivo do feitiço e potencializá-lo carregando-o de poder. Claro que é preciso saber lidar com as energias obter sucesso no feitiço no qual está realizando ou caso contrário a energia escapará do seu objetivo, é preciso haver intenção e concentração nos movimentos, e também uma boa finalização da dança, pois enquanto você está executando os movimentos você está emanando energia, ao finalizar deverá direcionar toda energia emanada para o propósito do feitiço e isso deve ser feito com um movimento de desfecho enfático que concretize de fato o ato mágico. Por isso geralmente usa-se musicas percussivas (som de tambores) para danças de feitiços. Até fora de um local sagrado a dança pode levar seus desejos além e enviá-los ao Universo e aos deuses, ela é uma das expressões da alma, uma antiga e poderosa forma de dizer principalmente o que as palavras jamais serão capazes de descrever.

***

Sobre o Autor: Roberto de Souza da Conceição, conhecido entre os pagãos também por Roberto Bríd Ártemis Isis (Lykófos) nasceu em 1991, é natural de Recife-Pernambuco (Brasileiro). Teve seu interesse pelas artes despertados quando ainda criança e tornou-se bailarino aos 16 anos de vida. Conheceu a magia por meio da Wicca aos 13 anos de idade e atualmente exerce o oficio de sacerdote na Tradição Diânica Éfeso de Bruxaria. Estuda Licenciatura em Dança na Universidade Federal de Pernambuco e se aventura como pianista, cantor e compositor amador. É fascinado pela escrita em seus diversos formatos, costuma escrever alguns artigos, mas se dedica com mais ênfase na composição de romances fictícios.


Referências Bibliográficas e Acadêmicas
A Dança Cósmica das Feiticeiras (The Spiral Dance), Starhawk

Marta Claus Magalhães - "A Dança e sua característica sagrada" - Graduada em Filosofia pela UFSJ – Universidade Federal de São João del -Rei.

Juana Albein dos Santos; “Os Nagô e a Morte” – Editora Vozes – RJ, 1975

História da Dança – Rosana van Langendonck. Editora Moderna, SP, s/d.

SEMINÁRIO: BIODANZA NO CONTEXTO HISTÓRICO E ANTROPOLÓGICO DA DANÇA Facilitadora Didata: Lilian Rocha - Alunos e alunas: Adriana Pirola, Ana Maria Fernandes, Helena Beatriz de Oliveira, Iolanda Wawrick, Marlene Teresinha da Silva, Miguel Zanona Krasner, Roseane Sfoggia Sochacki, Simone Baumgarten e Viviane Pereira dos Santos OUTUBRO DE 2012

ARTE Série: 1º Ano  - Ensino Médio, GNU  Free Documentation License, (b) Agência Brazil / Creative Commons Attribution 3.0 Brazil.

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Programação Final

Carxs leitores


Faltam apenas 7 dias para o início do 7º Encontro Parahybano de Neopaganismo e os preparativos andam a mil! Pra ninguém ficar por fora nem perder nada, dois informes:

1º - As atividades do Encontro serão localizadas na Faculdade de Administração da UEPB, em Campina Grande, localizada na Praça da Bandeira (clique aqui para saber a localização). 

2°  - Abaixo segue a Programação Final para este ano de 2014.

Sábado, 01 de Março de 2014

14h00: Cerimônia de Abertura
            Apresentações
            Debate: Paganismo e Politeísmo no Nordeste

15h00: Workshop: Trabalhando com sigilos mágicos

16h00: Mitodrama: Bem vindo ao mundo das fadas


Domingo - 02 de Março de 2014 _  Seminário Temático sobre fadas
09h00 - Roda de Conversa: Múltiplos olhares sobre o mundo das fadas

10h00 - Seres Encantados no folclore germano-escandinavo (Marcelo Leal, RN)

11h00 - Contos de fadas e paganismo: histórico da resistência pagã no cotidiano popular
(Andréa Caselli, PE)

14h00 - Rowana e as fadas entre os Wanen (Wagner Périco, SP)

15h00 - Tralhando com fadas nos processos de cura, medicine whell e medicine bag
(Arian Babd Sophia, CE)

16h00 - Ritual (aberto) para as fadas


Segunda-Feira, 03 de Março de 2014
09h00 - Roda de Conversa: Arte, Inspiração e Paganismo

10h00 -Dança na Magia: dança como ritual, celebração e inspiração (Roberto Bríd Ártemis)

11h00 - Scrying elemental: advinhação com elementos (Rodolfo Gabriel, PB)

14h00 - As Práticas Devocionais no cotidiano mágico (Luan Silva, PE)

15h00 - Herbologia e cotidiano mágico: vivenciando os deuses no mundo doméstico (Thomas Mariano, PE)

16h00 - Magia de /com incensos (André Raven, PE)

Terça-feira, 04 de março de 2014
09h00 Roda de Conversa: Famílias Pagãs: desafios e mudanças

10h00 - O Helenismo além dos deuses: daemons e culto doméstico (Thiago Oliveira, PB)

11h00 - Castas, Cargos e Funções na Sociedade Celta (Joab Nascimento, PB/ Neto Silva, RN)

14h00 - Ritos de Passagem e a Passagem dos Ritos (Arian Babd Sophia, CE)

15h00 - Carta Pagã

16h00 - Ritual de Encerramento



Abaixo o material de divulgação com a programação completa!





Novidades sobre o alojamento em breve. Entre em contato conosco através do Facebook.


sábado, 15 de fevereiro de 2014

Mais novidades sobre a programação 2014

Adiantando mais algumas novidades sobre a programação do sétimo ENCPBNP segue abaixo mais algumas atrações que comporão as atividades deste ano. Em breve programação completa para todxs. Já estão disponíveis também as pré-inscrições para os participantes que precisarem de alojamento, basta clicar AQUI para preencher o formulário de inscrição e aguardar a confirmação da reserva de vaga. 



Marcelo Leal é estudante de arquitetura e iniciado na Tradição de Bruxaria Wanen, dedicando-se aos estudos sobre magia e bruxaria há pelo menos 13 anos. Em sua apresentação esse ano ele abordará os seres encantados do folclore germano-escandinavo no entrecruzamento entre religião e literatura.
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 Andréa Caselli é historiadora e especialista em História. Além de fazer dança do ventre e ser estudante de religiões antigas e de bruxaria, desenvolve uma pesquisa sobre as relações entre as práticas mágico-religiões pagãs presentes nos contos de fada europeus, tema que desenvolverá em sua apresentação este ano.

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Arian Babd Sophia é sacerdotisa de formação Diânica e dedica-se ao estudo e prática da bruxaria e Wicca há pelo menos 15 anos. Atualmente é uma das organizadoras do Encontro Cearense de Neopaganismo e também do grupo Antigos Caminhos que mensalmente promove encontros com a comunidade pagã na cidade de Fortaleza, além de desenvolver outras ações em cidades circunvizinhas e interioranas. Sua apresentação no VII ENCPBNP abordará as relações entre o tempo mágico e os ritos de passagem como momentos de transição na vida pagã.

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Roberto Brid Ártemis é estudante de Educação Física e sacerdote da Tradição Diânica Éfesos. Em sua participação esse ano, além de uma apresentação artística Roberto desenvolverá uma oficina sobre a dança como elemento ritual e celebração.

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Thomas Mariano é estudante de enfermagem além de formar parte de um coven Wicca; tem interesses no Druidismo, especialmente no culto as deuses do panteão celta irlandês. Sua paixão por plantas e herbologia motivam a apresentação desse ano, quando Thomas abordará sobre a presença dos vegetais na vivência religiosa e mágica cotidiana.

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Wagner Périco é representante da Tradição Wanen no Brasil. Sua participação esse ano comporá parte da programação do seminário temático sobre fadas, a ser realizado no segundo dia do Encontro (domingo, 02 de março) onde ele tratará da deusa fada entre os Wanen, Rowana bem como sobre a concepção wanen sobre as fadas e formas de contato mágico-religioso.


Mais notícias e a programação completa em breve, aguardem!

Pré-Inscrição para Alojamento - ENCPBNP 2014

Já estão abertas as pré-inscrições para participantes de outras cidades e estados que precisarem de alojamento. Para inscreverem-se, basta preencher o formulário a seguir com as informações solicitadas e aguardar confirmação de reserva de vaga. Para inscrever-se CLIQUE AQUI. 

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

ENCPBNP 2014 - Programação - Arian Babd Sophia

Ao longo dos próximos dias iremos divulgar algumas das atividades e participantes que comporão essa edição do Encontro Parahybano de Neopaganismo e para começar, apresentamos ao público uma das figuras mais representativas e influentes do paganismo no nordeste brasileiro: Arian Babd Sophia. Arian é sacerdotisa com ênfase diânica, tendo participado de alguns grupos e tradições nesse eixo ao longo dos últimos 15 anos. Atualmente é uma das coordenadoras da Antigos Caminhos, uma instituição com sede na cidade de Fortaleza e que atua de forma geral na cidade e municípios do interior com o objetivo de auxiliar os grupos em atividade a se desenvolverem através de encontros mensais. Neste ano Arian fará uma apresentação onde pretende discutir a importância dos ritos de passagem na vivência do tempo no meio pagão, refletindo sobre como esses momentos marcam nossas transições e diferentes modos de se relacionar com o divino.


Você também pode acompanhar nossas postagens no Facebook clicando AQUI.

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Novidades


Na primeira semana de março de 2014, entre os dias 1 e 4, teremos nosso (re)encontro marcado para o VII Encontro Parahybano de Neopaganismo. Preparem as malas e os corações. Em breve novidades sobre a programação.